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apresentação

Bete Salgado é aquela que deixa gravada em qualquer mínima mente humana sua imensa e abençoada característica de caricatura. Bete Salgado é aquela que deixa aos outros não semelhantes uma considerável inveja pela sua maravilhosa animação. A Bete é uma viajante, mochileira, professora, poeta, desenhista, etc. É aquela que a qualquer momento se dispõe livre para alguma aventura, e com asmalas no carro! É aquela que, como todos os outros, procura aventura para, logo, renovar-se e viver de verdade...Bete Salgado pode ser, além de tudo isso, ainda, a mulher que faz uma fuga da própria casa, morando sozinha! 

Mas ora agora, vamos a descrição que verdadeiramente importa e que irá, por fim, descrever esta mochileira de uma vez por todas...
Ora essa, Bete Salgado é Bete Salgado! E nada mais que isso...

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Caros amigos, amigas e visitantes

Aos 30 dias de blog no ar, chegamos à marca de 700 leitores!

Queria muito agradecer a quem passou por aqui prestigiando esta página e também comentar alguns e-mails recebidos.

Assim, observei que o pessoal entra mas não se identifica. Será que lêem mesmo o blog? Ou apenas comparecem?! Porque apenas 18 pessoas até agora participaram da votação do mês? Por que só 08 pessoas postaram algum comentário?

Em criança ouvia em casa que a gente deixa de se expressar sobre o que pensa e sente e aí fica um vazio entre o que idealizamos e o que fazemos, porque a troca não aconteceu.

Bem, verdade que muitos me enviaram e-mails dizendo que não conseguiram blogar. Então aí vai TINTIM por TINTIM como proceder para postar um comentário, ok?

Basta você se logar com uma conta Google, clicar onde diz comentários, escrever sua opinião em Faça um comentário e publicar-lo.

 

Sabe, esta experiência do blog achei que deveria mesmo servir como espaço para um fórum de idéias, qualquer que sejam elas, sem amarras, talvez vazantes transbordantes de saberes, fazeres, dizeres, sonhares e inventares que cada um quisesse aqui dar a conhecer e a trocar e a descobrir, quem sabe!

Fica aí aberta a página a ser preenchida, colorida, gravada, assinalada, sonorizada, entrecortada, inacabada – porque só existirá se fizer sentido, se tiver significado, se abrir janelas e sair porta afora!

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No cinema com Bete Balanço

Neste mes de novembro os cinemas estão com ótimos filmes em BH, em Sampa, no Rio, em Salvador, em Floripa. Onde quer que a gente vá, nas cidades onde os cinemas ainda se mantêm de pé e com as luzes apagadas e só o fio de luz dos projetores iluminando a tela - aí, no escurinho do cinema, ainda se come pipoca, ainda encontramos os amigos, ainda namoramos escondido e, mais que tudo, ainda aprendemos tanto sobre os outros e nós mesmos, daqui e lá de longe, e sonhamos com a vida a ser experimentada em suas mais diversas formas e cores!!!!! apesar das dores e em busca de amores.
Assistam: Andarilhos, Leonera, Ultima parada 174, Ensaio sobre a cegueira, O escafandro e a borboleta, Meu nome é Dindi, O segredo de Lorna, Por onde andará Dulce Veiga?, A outra margem, Lemon tree, Mandela a luta pela liberdade, Musicagem, Violencia em família, Ao entardecer, Meu irmão é filho unico, Nome proprio, Pequenas Histórias e muito muito mais!
Quem quiser postar aqui suas impressões e opiniões sobre cinema, filmes e realizações na área, é só escrever e postar, ok?
Pessoal, neste mes de outubro, em 10 capitais brasileiras está acontecendo o 3ª Mostra de cinema e direitos humanos na America do Sul. Assistam pois é incrível. Estou em Sampa e participando da mostra pois os temas mesmo dos filmes do século passado (1900-2000!) estão na ordem do dia. E tem mais, a mostra é grátis!!!!!!
com grandes nomes e gratas surpesas desconhecidas do grande público.
Quem quiser enviar algum comentário sobre o que viu para publicar aqui neste cantinho, esteja à vontade, viu?
e vejam também, as conferencias de Ciclo Mutações: A Condição Humana
03 de setembro a 17 de outubro de 2008 www.sescsp.com.br porque acontece também em diferentes capitais e cidades do país, inclusive com veiculação pela internet.
Aguardo contato de vocês.

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Tatu Penna

Tatu prá mim é assim uma espécie de mago e ator, todos dois seres fora da lógica dominante do bem e do mal, do luxo e do lixo, do bom e do ruim. Acima destas dicotomias construídas por um mundo incompreensível, Tatu traduzia peças, introduzia sons, recitava versos e trazia para o centro de m mesmo grupo pessoas de diferentes formas e cores, de diversas crenças e lavores. Palco e rua eram lugares e espaços lúdicos de reuniões sérias e deslavadas gargalhadas e apresentações em que atores sociais se representavam a si mesmos e invertiam papéis entre si para chamar a atenção para fatos rotineiros de uma cidade surda e muda obstinada em negar vida e sentimento a uma população mesclada de nativos e forasteiros, transeuntes e passantes, gaveteiros, garrafeiros, tropeiros, artesãos, fanfarrões, arteiros e sóbrios, artistas e sobranceiros, casadoiras vestais e ripongas, comadres e camofas, bêbados e abstêmios. No caldeirão do mago Tatu Penna tudo valia a alma que não era pequena e o palco se fazia ali mesmo na sarjeta e na igreja, na esquina e no teatro, com cenário e sem a luz, sob a lua e Deus por testemunha!

Tatu por onde andas tu?

 Saudades do Brother, da Sueli Damasceno, do Silvério, do Manteguinha, da Rita, do Ney Kokada, da Hilda, do Jader, do Sabonete, da Eva, seu Raimundo, da  Joana e da Marlene, nos laboratórios de formação do ator-cidadão. Do sujeito-gente. Do verso e prosa transformado em oratória e palavras de ordem!

Tatu sai da toca, uai!

 

ANDARILHOS E CAMINHANTES

Aqui é um espaço sobre pessoas que encontramos vida afora e nos marcaram para sempre.Você pode enviar seu texto também, se quiser, ok?

 

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Retrato partido

Desde muito cuido para que as fotos sejam registros do acontecimento - sejam elas paisagens – rurais e urbanas; sejam pessoas desconhecidas, amigos e parentes em festas, e até aquelas fotos que aparentemente deram errado – uma lua lá longe num fundo totalmente escuro, ou uma sombra do objeto a ser fotografado.

Sempre defendi que jamais se recortem as fotografias. Mesmo as atuais digitalizadas. Nada de reeditar uma foto, de mudar a luz, retocar as cores, aprofundar o campo.

Por isso, quando me vi diante da nossa foto em que nossos sorrisos estampam uma imensa alegria, compreendi o que significavam as tantas fotos que amigas – ainda na adolescência, para espanto meu! - tesouravam o rosto e o corpo do amado, depois de um final de namoro; ou a tia mais velha retirava com fúria a presença de um membro da família que a partir daquele dia passava a ser persona non grata! por qualquer motivo de finanças desviadas.

Para meu espanto, agora na maturidade! eu tinha diante de mim a nossa foto feliz e com o mouse eu roia, como um rato, o queijo. Ou seja, consumida pela tristeza, apagava devagar a presença de você na foto–testemunho de um dia especial no qual compreendi, ao mesmo tempo, que a impossibilidade de tê-lo assim tão meu tornara-se maior que a felicidade em vê-lo tão poucas vezes assim tão próximo. Foi aí que ao ver o retrato partido em dois – você de um lado, separado de mim, sorrindo para mim e eu na mesma pose mas sem tocá-lo, sem sentir seu suor, sem provar dos seus beijos, distante de seu calor - foi nessa hora mesma que decidi separar-me de fato e não da foto.

Ainda bem que o mundo digitalizado me permitiu juntar nós dois na foto, para deixar registrado o acontecimento do dia feliz, guardando a partir de agora em um arquivo qualquer dos meus documentos, como que escondendo um segredo jamais revelado. Porém, mesmo ganhando a minha liberdade para além da fotografia, ali está o nosso sorriso de felicidade momentânea que durante anos permitiu sonhos e trouxe alegria para o meu coração partido – uma síndrome muito comum que acomete pessoas que acreditam no amor.

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Bete pintando o sete





No fundo do mar










Na tarde da despedida.










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Questão de honra

Aqui os visitantes podem enviar seus textos sobre suas lutas, campanhas e demais manifestações de interesse comunitário e social. (enviar para betesalgado52@yahoo.com.br)
 
 
De: Maria Brígida Salgado de Souza
Assunto: CONHEÇA A CHAPADA DIAMANTINA ANTES QUE ACABE
Para: jequi2009-da-foz-a-nascente@googlegroups.com
Data: Terça-feira, 23 de Setembro de 2008, 11:18

Caros amigos,
A Chapada Diamantina conhecida por suas belas paisagens e História pede socorro Urgente!!! Empresas de Mineração estão comprando as serras do entorno do Parque Nacional da Chapada. Isto vem acontecendo na região de Jussiape, Abaíra e Piatã. Aqueles que conhecem Minas Gerais e suas áreas de Mineração sabem muito bem do que estou falando e do futuro que aguarda a Chapada se as mineradoras vêm para cá! Vejam a serra do Curral, as serras de Itabira, região de Ouro Preto comparem fotos de alguns anos atrás com fotos atuais e sintam o drama que aguarda a Bela Chapada Diamantina no coração da Bahia!!!! Isto não é especulação é REALIDADE! a GERDAU já está aqui!!!! É bom lembrar também que essa é uma região de berços de água. As bacias do Rio das Contas, do rio Paraguaçu e também do São Francisco tem aqui suas nascentes e tributários!!!  e água é um dos problemas futuros, todos nós sabemos disso. Vamos nos movimentar!!!!!   

Brígida Salgado
Fazenda Flor de Café
Malhada de Areia
CEP 46765-970 Piatã BA
Tel 77 34792157







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De mochila nas costas ou malas no carro - refazendo o caminho de volta

Estrada Ilhéus-Itabuna – ainda há o verde e o colorido das acácias, dos pés de fruta-pão, do cheiro das jacas, do vermelho das espatódias – com direito a parar no Banco da Vitória para comer frutos do mar ou carne de sol.

 

Estrada real 1. entre Belo Horizonte e Ouro Branco

Tome o caminho de Nova Lima passando por Macacos, São Sebastião das Águas Claras, atravesse até  Rio Acima e chegue em Itabirito. Se der, vá a São Gonçalo do Bação e volte para chegar até Amarantina, e daí até Santo Antonio do Leite, depois Engenheiro Correia e alcançar Ouro Branco.

 

Estrada real 2. – – entre Ouro Branco e Mariana – ainda o percurso de tropeiros e bandos dos séculos XVII e XIX passando por Itatiaia, a Chapada e o Salto, Lavras Novas, e se tiver de jeep ou moto, procurando Mainart, Cibrão e Vargem a caminho de Mariana.

 

Estrada real 3. Entre Mariana e Ouro Preto, Passagem com sua mina de ouro desativada mas transformada em lugar de turismo, bons restaurantes como o Sinhá Olímpia e pousada da Serrinha, além do bar Pé de Serra, a igreja setecentista de Nossa Senhora da Glória e a estação de trem. Até o Ouro Preto uma vista do pico do Itacolomi e o chafariz das Águas Férreas.

 

Estrada real 3. entre Ouro Preto e Passa Tempo – ainda os lugares e rincões da mineiridade, da minha infância e juventude: Cachoeira do Campo, Belo Vale, Congonhas, Jeceaba, Entre Rios de Minas, Desterro de Entre Rios, Passa Tempo.

Passa Tempo citada por Saint Hilaire e por Guimarães Rosa, cidade quieta entre o rio Pará e o Paraopeba: calma, mansa onde o tempo fixa imagens e processa outros sonhos.

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CHEZBEBETE

Meu nome em hebraico é shebabete – que significa morada de Deus. Como adoro morar nos mais distintos e diversos lugares, acredito que chezbebete, além de fazer alusões à moradia francesa - meio bistrô meio pousada -  revela um pouco mais de minha cigana vida, lugares onde em algum momento vivi no  paraíso

www.pousadadaserrinha.com.br o recanto da Passagem entre Ouro Preto e Mariana, com quintal,  horta, balanço e mata nativa em volta. Acordar ao som do canto dos pássaros e adormecer no silêncio da noite de paz.

www.ladolcevita.com.br  as delícias da brisa do mar no chão de Ilhéus. Café da manhã à beira-mar e noites de lua cheia bebericando bons vinhos ao som da boa música italiana.

www.caprichoasturiano.com o encanto das Astúrias no sabor das carnes de aves com direito a sobremesa no ‘leche cosido’,  em Santo Antonio do Leite. Ali os artesãos criam verdadeiras obras de arte em pedras semi preciosas e prata e em ouro.

  www.cifsj.org.br  Blumengarten  O convento transformado em albergue onde o som dos cantos religiosos interagem com o perfume das rosas e das parreiras de uva. Lá as freiras cuidam da alimentação e de um centro de terapia natural. A cidade é quente no verão com cachoeiras e fria no inverno com sopas quentes e comida alemã.

www.formule1.com.br o jeito mais simples de estar numa cidade grande como Sampa e ir e vir sem grilos, com segurança e gentileza – F1 Paraíso.

 

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Sítios que a Bete gosta

Mundo virtual de arte, beleza, cultura e afetividade.


www.cinequanon.art.br – filmes, criticas e boas idéias sobre cinema

www.digestivocultural.com.br – tudo que um sítio legal pode ser – para todas as idades, com um grupo de jovens muito legal no comando

www.sescsp.com.br  dicas de cultura, música, arte e cinema, além de vida saudável – e mais, programação para Sampa, Rio, Belo Horizonte, Salvador e  interior de São Paulo

www.itaucultural.org.br tudo de vídeo artes plásticas e música, projetos educativos e novos rumos culturais, em sete cidades brasileiras

www.universodoconhecimento.com.br cursos palestras conferências e intercâmbio, com assuntos da atualidade para todos os públicos

www.casadosaber.com.br  cursos palestras exposições conferências com gente bacana para todos os públicos

www.revistamuseu.com.br  revista eletrônica com ISBN, publica artigos interessantes sobre arte, patrimônio cultural material e imaterial, cursos, programação de museus e casas de cultura, parques e jardins nacionais e internacionais. Dicas de concursos nas áreas de museologia, museografia e patrimônio cultural.

www.scielo.br  publicação acadêmica da melhor qualidade e nos diversos campos do conhecimento

www.centrodametropole.org.br tudo sobre São Paulo – a cidade e seus moradores e suas múltiplas faces – do acadêmico ao mais singular saber.

http://.guia1.folha.com.br a cada sexta-feira tudo que acontece e  existe pra se divertir, conhecer e ver em São Paulo - do gratuito ao mais caro!

http://mariantonia.locaweb.com.br aqui tem de tudo para todos

www.uesc.br uma universidade jovem com cursos de graduação e pós-graduação em várias áreas do conhecimento no litoral da Bahia

www.ufop.br uma universidade no interior de Minas com cursos de graduação e pós-graduação em História outras áreas do conhecimento

www.lacucarachadesign.blogspot.com o sitio do Gabriel e do Narowé, os responsáveis pela criação da minha página

 

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De carona, confesso que vivi

Entre os anos 67 e 81, carona foi o meu modo de viajar e conhecer o Brasil. Foram viagens para o norte, o nordeste o centro oeste e o sudeste. Geralmente durante as férias escolares. Muitas estradas. Muitas cidades, alguma metrópole? muitos distritos, muitas roças, e muita gente boa conheci pela estrada afora...

 

 

Aos poucos quero contar as histórias vividas nestes encontros entre pessoas e a natureza, sobre conhecimentos e aprendizagens, muito além das montanhas e nos planaltos e planícies deste país.

 

O batismo das caronas aconteceu mesmo dentro de Belo Horizonte, indo do bairro da Renascença para o centro, a Floresta, a Serra, a Savassi e o Coração Eucarístico. E também entre as ruas da Bahia e Silviano Brandão, indo para Sabará, Caeté, Ravena, Borges (na beira do Rio das Velhas) ou entre as avenidas Afonso Pena e a então famosa BR 3, hoje BR040, a caminho de Itabirito, Ouro Preto, Congonhas, Barbacena, Juiz de Fora.

E a estrada preferida Fernão Dias entre BH e Lavras, com direito a idas e vindas a Betim, Crucilândia, Carmópolis, Perdões, Ribeirão Vermelho, 3Corações, Varginha, Nepomuceno, Carrancas, São João Del Rey e Tiradentes.

Muitos estranhavam o trio de duas meninas-moças e um rapazinho – á beira da estrada cantarolando “ Eu não posso mais ficar aqui a esperar(...) vejo carros, caminhões, a passar por mim, estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim...” angústias juvenis da espera e da momentânea solidão de quem queria sempre ir adiante. Às vezes o Lucas entrava numas...

Hoje talvez cantássemos “Ando devagar porque já tive pressa...”

Ai ai! Bateu saudades dos irmãos companheiros de mi vida!!!! O irmão mais novo mora em Carrancas e tem lá um restaurante bacana com comidinhas mineira e contemporânea. A irmã caçula mora na Chapada Diamantina, em Piatã onde planta café orgânico numa fazenda na nascente do rio de Contas.  

O outro irmão do meio mora em Florianópolis, Santa Catarina e tem um sítio pros fins de semana em Santa Rosa... A irmã mais velha mora em Lagoa Santa e passa fins de semana em BH, entre um cinema e um teatro, soltando “a voz na estrada” de vez em quando. O irmão mais velho adora fotos e música, tem uma casa no Parque do Engenho, onde os irmãos adoram se reunir e a cunhada recebe a todos no jardim em flor.

O hábito de viajar e sair por aí ‘com meu violão debaixo do braço’ é uma herança da mamãe e do papai, que sempre gostaram de desvendar caminhos, encontrar saídas e conhecer lugares, incentivando esse ‘gostar de viajar’ em cada um de nós.

Hoje, sinto-me feliz quando estou na região de Ouro  Preto e Mariana onde o costume de pegar e dar carona ainda permanece, graças às universidades de Ouro Preto (UFOP) e de Viçosa (UFV), cujos estudantes empunham cartazes indicando para onde querem ir, ou simplesmente ficam nos ‘pontos de carona’ à espera do primeiro carro ou caminhão que gentilmente parar e levar. A regra básica de caroneiro que se preza é ir até onde o motorista for, ou parar próximo de onde vai. Em BH também existem pontos de carona para ir até a UFMG. Uai, sô! A carona é um jeitinho mineiro de economizar dinheiro, chegar rápido e fazer amigos.

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Amores de Isabel

Cartas de amor
Isabel sabia da existência dele. Nada mais que um gesto singular de olhar e tocar de leve sua mão a cada vez que lhe entregava as cartas vindas pelo correio. Foram anos de 'OI! tem cartas para você!" e de sorrisos cúmplices quando os envelopes verdes, amarelos, azuis e efeitados chegavam aos montes. Certo dia, não resisitu e disse: "você foi quem mais recebeu cartas neste ano! Até senti ciumes, pode?!" Sorrimos e ele me deu um abraço longo.
 
 
Gás da paixão
Toda manhã de segunda-feira, passava pelo posto e ele limpava os pára-brisas, enchia o tanque e dizia: "Bom dia! tudo bem?" Foram dois anos, naquela Brasilia enigmática e esotérica, entre a UnB e o parque da Água Mineral. Fosse como fosse, me via, deixava o outro freguês e me atendia. Sorria. Certa feita disse baixinho: "Fico feliz em te ver."  - Eu tambem, respondi. De outra vez: "Me preocupei. Há duas semanas não aparecia!". No dia da defesa da minha dissertação, feliz, passei pelo posto para agradecer-lhe toda a atenção daqueles anos. Parei. Olhei. Esperei. Nada. De repente um senhor, com o ar muito grave disse: "Ele se chama Duilio. Foi embora de volta para o nordeste e pediu que lhe dissesse...[fez uma pose solene, emperdigou-se] e falou: "Nunca soube seu nome, mas te amei assim mesmo e amarei onde quer que eu for."
Choramos eu e 'seu' João. Sabíamos o que significavam aquelas palavras.

Retrato partido
Desde muito cuido para que as fotos sejam registros do acontecimento - sejam elas paisagens – rurais e urbanas; sejam pessoas desconhecidas, amigos e parentes em festas, e até aquelas fotos que aparentemente deram errado – uma lua lá longe num fundo totalmente escuro, ou uma sombra do objeto a ser fotografado.
Sempre defendi que jamais se recortem as fotografias. Mesmo as atuais digitalizadas. Nada de reeditar uma foto, de mudar a luz, retocar as cores, aprofundar o campo.
Por isso, quando me vi diante da nossa foto em que nossos sorrisos estampam uma imensa alegria, compreendi o que significavam as tantas fotos que amigas – ainda na adolescência, para espanto meu! - tesouravam o rosto e o corpo do amado, depois de um final de namoro; ou a tia mais velha retirava com fúria a presença de um membro da família que a partir daquele dia passava a ser persona non grata! por qualquer motivo de finanças desviadas.
Para meu espanto, agora na maturidade! eu tinha diante de mim a nossa foto feliz e com o mouse eu roia, como um rato, o queijo. Ou seja, consumida pela tristeza, apagava devagar a presença de você na foto–testemunho de um dia especial no qual compreendi, ao mesmo tempo, que a impossibilidade de tê-lo assim tão meu tornara-se maior que a felicidade em vê-lo tão poucas vezes assim tão próximo. Foi aí que ao ver o retrato partido em dois – você de um lado, separado de mim, sorrindo para mim e eu na mesma pose mas sem tocá-lo, sem sentir seu suor, sem provar dos seus beijos, distante de seu calor - foi nessa hora mesma que decidi separar-me de fato e não da foto.
Ainda bem que o mundo digitalizado me permitiu juntar nós dois na foto, para deixar registrado o acontecimento do dia feliz, guardando a partir de agora em um arquivo qualquer dos meus documentos, como que escondendo um segredo jamais revelado. Porém, mesmo ganhando a minha liberdade para além da fotografia, ali está o nosso sorriso de felicidade momentânea que durante anos permitiu sonhos e trouxe alegria para o meu coração partido – uma síndrome muito comum que acomete pessoas que acreditam no amor.

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coisas que me irritam


Se não quer ver a Bete brava, tudo bem; Mas se quer ver a Bete brava, fale algo como:

No meio do almoço, perguntar a ela: "Bete, o que você vai comer?" ou "Vai comer isso Bete? Mas isso engorda!"...

Falar que tal vestido pretinho deixa mais magra: "Experimente este, vai te emagrecer!"

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caricatura da bete

















Figura: Juan Narowé

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Escritora...

Livros

Entre o mar e a terra o céu é o limite

 Heliodora foi vista aos prantos quando compreendeu que entre o mar e a terra o céu é o limite e as ondas vão e voltam porque levam e trazem os mais recônditos desejos. Heliodora pôs-se a chorar sem dor porque o choro era de extravasar para sempre a dor de nunca mais possuir quem quer que fosse nem jamais duvidar de si mesma por quem quer que lhe viesse a ditar normas e exigir aquilo que ela sabia que o seu querer nunca desejara. Heliodora estivera em repouso por aquele tempo todo, acreditando sempre que haveria um retorno da irmandade mais pura e singela de como, quando era criança e adolescente, corria a brincar e a conversar com anjos e puxava pela mão aquela menina tão doce e a quem queria enfeitar como boneca porque para ela a criança era tudo o que ela desejarva ser: pura e bela. Heliodora arrastou para longe a doce-menina na esperança de preservá-la do mundo que ela Heliodora descobrira cruel e inexato pensando em poupar-lhe as dores e oferecer-lhe as delicias de outra vida e de outros sonhos. Sem perceber ali rompera o elo entre ser e existir e aprofundara a dor no outro ser que não compreendera - ainda que passados cinquentanos - que o amor é conquista e resultado mais que a exatidão do ato de fecundar o outro ser. Aí que Heliodora teve de repente o
lampejo consciente da distância: o vazio é o momento crucial do entendimento do caos e da dor quando ambos se manifestam e ocorrem no profundo da noite escancarada do dia que iniciou sem sons e sem olhares para estancar de vez com o nó na garganta e o crispado do sorriso em garatuja no rosto daquela que agora se despede para sempre porque será assim. Tristemente será assim.

Os olhos do Marét

O livro narra aspectos da história de Vila Rica através do olhar de um entidade Marét que toma a forma de índio e sai a desvendar os encantos da cidade, seus monumentos e mistérios.

Artigos

"Museu e os jovens: educação e trabalho"
Elizabeth Salgado de Souza
Doutoranda em Educação/ FEUSP
Professora Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz/ BA

 
A princípio os museus ainda são vistos como espaços de lazer, com ações educativas voltadas para o público escolar e os visitantes em geral. Mas por trás desta fachada, os museus são espaços de fruição teórica e prática, dadas as particularidades do acervo que os compõem, consideradas as ações que neles se desenvolvem e a produção do conhecimento que daí resultam. O ensino em museus dá continuidade e reconhece o saber produzido anteriormente ao saber escolar, contribuindo para as diferentes práticas de difusão dos saberes. A investigação sobre o objeto museológico propõe uma pesquisa sobre os modos de produção e consumo deste objeto no seu lugar de origem, e sua eleição como objeto museal. Analisar a produção das peças do acervo do museu, no âmbito de diferentes culturas e sistematizar o uso do acervo como documento e fonte para a construção do conhecimento em diferentes áreas, esta é uma das vertentes museológicas.
 
Como os museus contribuem para a formação profissional dos jovens?
 
Na perspectiva da educação, é pertinente que os museus se tornem centro de interesse para a prática do estágio supervisionado, pois
aí estão diferentes profissionais, trabalhando em diversos setores e projetos, numa abrangência de áreas que amplia a visão de mundo e oferece um leque de opções.
 
Eis aqui uma questão a ser proposta para os cursos profissionalizantes e também para os cursos acadêmicos. Afinal, tanto o ensino médio quanto o ensino superior, são responsáveis pela qualidade dos serviços nos mais diversos campos de atuação dos diferentes setores. Existem museus atendendo a uma demanda nas áreas de educação e de museologia, nas iniciativas de Estágio Supervisonado. Sim, o estágio de formação profissional, específico, com o objetivo de propiciar ao estudante uma vivência cotidiana, de cuja experiência poderá resultar em outros modos de ver, sentir, pensar, fazer e atuar.  
 

A formação escolar prevê um período de estágio durante o qual o estudante experimenta situações em que aprende, na prática, a conviver com outros profissionais e realiza descobertas sobre sua futura profissão: analisa as atividades diárias, problematiza os resultados, aprende a lidar com conceitos e equipamentos, produz relatos e relatórios sobre o processo desse encontro com o experimento entre a teoria e a prática. 
 
Onde entram os museus? 
 
Ora, há museus de toda ordem: dos mais tradicionais ao mais 
hi-tech – na concepção; do mais quadrado ao mais redondo – na forma; do mais aberto ao mais fechado – na aproximação com o público.  E cada um com acervo composto por diversos materiais e técnicas, suportes para todas as áreas do conhecimento: das humanidades, das ciências e da tecnologia, traduzindo as relações ambiente-homem-cultura. E todos estes museus objetivam educar, em sua definição mais singular.
 

Como atrair os jovens para o estágio supervisionado em museus?
 
As diversas seções do museu – de infra-estrutura até recepção ao público – oferecem oportunidade em
outros campos do saber: o designer e o comunicador, por exemplo, têm a museografia e a difusão cultural como lugar de criação e estudo. O estudante de Direito ou o de Economia, com certeza, aprende sobre leis patrimoniais e de incentivo à cultura, estagiando na área administrativa  estabelecendo outra relação entre uma instituição pública ou privada. Estudantes de História e Pedagogia têm o campo da educação em museus, mas também podem estagiar nos arquivos, em pesquisas sobre o acervo e até nas publicações existentes nas bibliotecas.  Letras e Artes têm papel nas ações educativas e também em projetos de produção de catálogos e materiais didáticos para as práticas escolares. Participar na recuperação, manutenção e preservação de peças do acervo com estudos nas áreas de Biologia e Química pode ser interessante, traduzidos, inclusive em futuras teses acadêmicas. Para os da Engenharia (todas elas!) e da Arquitetura, há o campo do restauro, das edificações, da construção de softwares, e outros tantos do saber tecnológico em favor da preservação e difusão do acervo museológico. 
 
Os bens culturais, de natureza material e imaterial requerem equipes de
trabalho multidisciplinar e/ou pluridisciplinar, pois o conhecimento é vário e a apreensão deste se dá em nível interdisciplinar nos museus. Esta é a riqueza das ações educativas em museus: materiais e técnicas são suportes para os fazeres e saberes humanos. Tanto assim é, que os museus podem ser classificados de modo vário: Museu Histórico, Museu de Arte, Museu de Ciência, Museu da Técnica, Museu da Língua, Museu Aberto, Museu Casa, Museu da Pessoa, além, dos parques, jardins e sítios arqueológicos, aqui também incluídos.
 
A realização dos estágios supervisionados em museus
numa cooperação entre estes e as instituições de ensino contribui para um efeito multiplicador no processo de aprendizagem, despertando a curiosidade, aguçando o raciocínio instigando o pensamento, e exercitando os sentidos, para ver além da formação específica e ampliar a  atuação do jovem como sujeito.

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Rodrigo Fiuza

Amigos meus e caros visitantes
Há coisas na vida que são mesmo surpreendentes. Mais uma vez uma das minhas histórias de coincidências que aqui relato:
Ontem, assisti Rodrigo Fiuza falando de suas aventuras pelo mundo,  no programa Amaury Jr e fiquei encantada por dois motivos:
1. na década de 70 eu era canoreira e uma vez peguei carona com um cara legal, já com preocupações ‘ecológicas’ que deve ser pai(?) ou tio do Rodrigo,pois eles se parecem muito;
2. fiquei curiosa para ler o livro.
Por mero acaso encontrei hoje, no hall do hotel - onde sempre me hospedo em Sampa,o Rodrigo Fiuza! o que me fez crer - eu acredito nas forças do universo!!!!- que realmente encontrei o filho de alguém que já me deu carona na vida. Legal demais, né não?
Eu acredito que um sorriso, um abraço, um aperto de mão mudam vidas, destinos e curam pessoas.
Um abraço, Rodrigo, continue sua campanha pela PAZ!

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Fotos












Comandante Claudia, Bete Salgado e Co-piloto Bruno voando TAMbém pelos céus do Brasil!


















Sabe onde fica? Em plena paulista, pode conferir.
















O ipê amarelo á a porta da mina de Passagem de Mariana.





















Meus pais Elza e José Pinto, cuja história de amor durou 56 anos!


Foto
Da janela vejo Coimbra e seu casario. Casas portuguesas, com certeza: Ouro Preto, Mariana, Sabará, Congonhas, prá ficar nas Minas Gerais.

Augusto,Neide e Bete, Elissandra Porto Seguro 

Prof. Augusto, Neide, Elizandra, em Porto Seguro, discutindo o Brasil e desvelando a  Bahia.


ciça e nos

FAU-USP da rua Maranhão e os cafés na Padaria do Abraão.


SDC10001

Pausa para o cafezinho na rua Direita em Mariana.


SDC10028

Na Floresta, em BH, a florada lilás da primavera, ou buganvile, ou lustrosa, como queiram(em frente a padaria Colombina).


papaimamae

Minha mãe e meu pai, em Caxambu, numa viagem reveladora.


SDC10033

O ipê rosa da avenida Carandaí em BH

 

 SDC10071

As crianças encantadas que alegram minha vida


SDC10105

Bella e seus desafios, modinhas, repentes, compondo musica de raiz goiana e mineira


SDC10125

Na fazenda pé do morro em Ouro Branco com obras de Éolo Maia e arquitetura colonial preservada


SDC10150

Ainda no aniversário

SDC1018512

Poeta de rua de São Paulo

SDC10161

De Passagem por Campinas

SDC10162

Ninguém acredita: ela adora um buteco mas não bebe, pode?!

SDC101982

O grande Marcos Tadeu e a arca de Noé  com Bertazzo, no TUCA-PUC Sampa grande viagem no tempo e no espaço com temporada até outubro

SDC10197

Livraira da Vila em SAMPA: ler, relaxar, aprender e tomar café, né?